terça-feira, 8 de abril de 2008

O Rio cobra o que era dele e o homem tomou conta em Coreaú-Ce, as águas de abril desceram rio abaixo tomou algumas casas construidas as margens do rio inclusivel construções como o estacionamenta da pousada Carcará e a propria foram tomados pelas aguas de abril. Quem duvida da natureza tem surpreza!!!!!
Francisca Araújo.

terça-feira, 25 de março de 2008

Chuvas desabrigam famílias no Interior

Sem dúvida é inverno no Ceará. As precipitações têm ocorrido continuamente em praticamente todas as regiões do Estado e, com elas, os estragos. Ruas alagadas, casas inundadas, famílias desabrigadas, as conseqüências das águas de março não deveriam ser surpresa para moradores e administradores públicos, mas ambos são pegos desprevenidos. O resultado é que moradores só saem da área de risco na iminência do risco de vida, e quando isso acontece os municípios tentam formas emergenciais, muitas vezes paliativas, para resolver o problema. Em Russas, choveu por mais de oito horas de domingo para segunda, e desde ontem mais de 30 famílias estão alojadas numa escola.Os moradores do Planalto da Bela Vista, na periferia de Russas, sofrem com as chuvas desde o início da Semana Santa — na última quinta-feira choveu 180mm — ontem foram 79,1mm. Na sexta-feira, a família do desempregado Francisco Luciano Rodrigues de Araújo por pouco não sofreu uma tragédia. Parte da casa de taipa desabou no início da manhã com a família toda dentro. “Se eu não seguro a parede tinha matado meus meninos”, conta ele, que conseguiu salvar o casal de filhos. Como esta, pelo menos outras 29 famílias estão alojadas na quadra esportiva do Centro de Atenção Integrada à Criança (Caic).Exército, Defesa Civil e Polícia Militar trabalham em regime de plantão. Durante todo o dia de ontem, um caminhão fez várias descargas de móveis de famílias desabrigadas. A maioria moradora da Rua Aristóteles Nogueira. A reportagem atravessou a pequena rua estreita que separa as casas, a maioria feita de barro. Pelo caminho, muita lama ainda corrente, embora a chuva tivesse acabado duas horas antes. A água da chuva se misturava ao esgoto doméstico, e as fezes humanas eram vistas escorrendo no meio da rua.Segundo os moradores do local, desde que aumentaram as chuvas existe uma verdadeira praga de ratos. Muitos barracos estão abandonados há dias, alguns com a cacimba aberta e abandonada, configurando foco para o mosquito da dengue. A mais nova dentre os dez filhos da dona-de-casa Maria Sílvia Soares está com diarréia. A menina tem apenas 11 meses. Para a mãe, não tem a ver com a sujeira em que vivem. “É os dentes que tão nascendo”, afirmou.Há cerca de cinco anos, várias famílias foram removidas do Planalto da Bela Vista, a principal área de risco de Russas, por conta das chuvas. Mas as famílias que ficaram somaram-se outras, vindas das adjacências periféricas.Ao todo são mais de 300 famílias vivendo em situação lastimante. Seu Gerônimo, aposentado que mora num dos barracos, diz que de lá não sai. Esse pensamento predomina na região. Maria Ivaneide Mota, mãe do desabrigado Luciano Rodrigues, reclama que há muitos anos a Prefeitura promete que irá para outro local, “mas até agora a gente é nessa situação”, comenta.O prefeito de Russas, Raimundo Cordeiro, passou todo o dia acompanhando o translado das famílias até o abrigo. Ele visitou a área de risco e disse que decretaria Estado de Emergência, não concretizado até o fechamento desta edição. Disse, ainda, que as famílias serão levadas para morar numa área mais segura. “A preocupação inicial é resolver essa situação causada pelas chuvas”, comentou. Ontem à tarde chegou atendimento médico.